Restaurante Bengal Tandoori fechado após ASAE

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Chegar a uma cidade e ir provar uma especialidade local faz parte da lista de coisas a fazer para qualquer turista. Imbuídos desse espírito, o casal brasileiro Luís Paulo, 63 anos, e a sua mulher Silvana, 59, de São Paulo, decidiram, assim que deixaram as malas num hotel da Baixa lisboeta, ir provar um "bolinho de bacalhau" na rua Augusta. Mas rapidamente a frustração substituiu o apetite. "Comemos bolo de batata", lamentou Silvana, com um esgar. "Ainda queriam cobrar gorjeta. Não dei. Nós sabemos que aqui a gorjeta não é obrigatória", acrescentou o marido, lamentando o facto de a empregada do estabelecimento ser brasileira. "Mesmo ao lado, t em um sítio que serve bolinho de bacalhau com queijo da serra. O que é aquilo, é tradicional?", perguntou Luís Paulo ao DN.

Só este ano, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já recebeu 142 queixas relativas a estabelecimentos do concelho de Lisboa, o que dá uma média de 20 denúncias por mês. Em todo o país, registou 1517 denúncias sobre a atividade da restauração. Os inspetores da ASAE têm visitado vários espaços na Baixa lisboeta.

Falta de higiene, especulação de preços, fraude sobre mercadorias e géneros alimentícios, são algumas das principais infrações detetadas. Das fiscalizações da ASAE na área de restauração e bebidas em 2016, resultaram 95 processos de contraordenação e 9 processos crime, bem como 17 suspensões de atividade. Em 2017 esse número já aumentou - ainda o ano vai a meio: 131 processos contraordenacionais e 10 processos crime e 35 suspensões de atividade. As suspensões foram por incumprimento de requisitos gerais de higiene do espaço e também do regulamento sobre a higiene dos géneros alimentícios. A ASAE destaca ainda outras infrações detetadas como cozinhas, copas e zonas de fabrico que não cumprem os requisitos legais, falta ou incorreções na lista de preços, falta de inspeção periódica à instalação de gás. Nas infrações criminais, destaque para a fraude sobre mercadorias, géneros alimentícios avariados e violação e uso ilegal de denominação de origem ou de indicação geográfica protegidas.

"Turismo pé descalço"

O casal de paulistas Luis Paulo e Silvana estava sentado na esplanada de um dos restaurantes mais antigos da Baixa de Lisboa, o João do Grão, na rua dos Correeiros, um espaço que lhes foi "recomendado por um amigo". É especializado em bacalhau, como ainda são os antigos estabelecimentos da rua. Mas com os anos surgiram ali restaurantes indianos, italianos, espaços fast food e cafetarias pop. "Ainda temos os clientes certos, os mais antigos, mas esta zona ficou para o turismo", diz o gerente do espaço, Vítor. Na casa ao lado, a cervejaria Lisboa-Portugal, fundada em 1962, o empregado Pinheiro andava pelo meio da rua a exibir a ementa colorida e com as bandeiras de vários países, de sorriso aberto. Morador na freguesia de Santa Maria Maior, Pinheiro agradece a afluência de clientes estrangeiros "vindos de todo o mundo" mas lamenta o estado a que a rua e o resto da Baixa lisboeta chegaram. "Os carteiristas abundam, já tivemos clientes roubados na esplanada. O policiamento na rua dos Correeiros quase não existe. À noite, andam aqui uns a vender haxixe e há prostituição". Lamenta também que "a Baixa esteja transformada num hotel gigante" e diz que, apesar dos milhares de turistas, este mês "está a ser fraco" no seu restaurante. "O turismo de agosto é o do emigrante, da Easy Jet e do pé descalço".

O seu patrão, António Ferreira, queixa-se da "praga de carteiristas" que invade as esplanadas da rua. "Outro dia tivemos aí um grupo de japoneses a almoçar e percebemos que os carteiristas estavam à espera deles saírem. Chamámos a polícia mas como esta não veio tivemos de ir escoltar o grupo de japoneses ao autocarro", critica. "Aqui não passa polícia nenhuma. Anda aí gente a vender louro prensado como droga e agora há uns a roubar as pessoas com violência".

António Ferreira adianta ainda que o turista que lhe aparece muito no restaurante "é o francês ou o espanhol que não consome muito". "Os franceses estavam habituados a ir ao Egipto com preços baratos e tudo incluído. Por causa do terrorismo passaram a vir para Lisboa." O dono da cervejaria garante que "os ingleses, os americanos e os brasileiros são os que dão as melhores gorjetas". "Tenho muitos clientes brasileiros por causa do bacalhau."

A cervejaria Lisboa-Portugal o foi visitada umas cinco vezes pela ASAE, no ano passado. "Não encontraram nada", garante.

Na rua dos Correeiros, casas que viviam quase em exclusivo dos clientes portugueses habituais mantêm preços entre os 8 e os 13 euros por prato mas muitas outras estão viradas para a "caça ao turista", com ementas em várias línguas e menus de preços combinados, com valores até aos 12 euros. Especialidades típicas, como o arroz de marisco, surgem a preços baixos e de desconfiar.

O casal francês Jean François, camionista, e a mulher Evelyne, preparavam-se para almoçar, no primeiro dia em Lisboa, numa dessas esplanadas, por um menu completo de 11 euros. Incluía sopa, prato principal, bebida, sobremesa e café. Jean François, que conhece bem o Porto por estar na sua rota de camionagem, veio conhecer Lisboa com a mulher. Escolheram aquele restaurante, naquela rua, por acaso. "Não ligamos muito a críticas na internet. Nós é que decidimos se é bom ou mau", disse Evelyne, que estava ansiosa por "provar sardinhas assadas".

Seguranças à porta

Três seguranças vestidos de preto impõem respeito à porta do restaurante Bacalhau com Todos, vizinho do famoso "Made in Correeiros", que ficou conhecido nas redes sociais pelos preços absurdos de travessas a 250 euros (ver em baixo secundário). Entre os dois restaurantes vizinhos há uma guerra de nervos e de acusações mútuas. "Há uma rivalidade imensa. Os do outro restaurante ligam para os bombeiros ou para a polícia a dizer que há fuga de gás ou fumo no nosso restaurante", diz a empregada Vânia.

Cesário Pinto, diretor do grupo Fullest - que tem o Bacalhau com Todos e outros 13 espaços na Baixa - garante que têm seguranças "por causa dos carteiristas". E que o vizinho "não nos intimida". "Aquilo é uma empresa que só dá mau nome ao turismo lisboeta."

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Made in correeiros É o restaurante de que todos falam, desde que as redes sociais ficaram invadidas de fotos com as suas ementas com alguns pratos a 120 ou a 250 euros. Na rua, o gerente do João do Grão conta que se fartou de ver pessoas a virem dali "a reclamarem em voz alta com as contas na mão". Aberto há dois anos, o Made in Correeiros, à exceção da placa com o nome do espaço -que foi removida após a polémica - viu a normalidade de volta com os turistas a encherem a esplanada. Impassível, o gerente Tiago Ribeiro garantiu ao DN que todos os preços de que tanto se falou são justificados. E foi buscar uma travessa grande, quase em forma de barco, para exemplificar: "É aqui que é servida a mista de marisco que custa 250 euros. Mas tem lagosta, sapateira, camarão tigre e outros mariscos e dá para quatro pessoas". Quanto ao prato especial de bacalhau a 120 euros, é também servido numa travessa "e inclui várias receitas de bacalhau". Tiago Pereira tem resposta pronta para quem criticou o restaurante por enganar nos preços. "Temos as ementas com os preços destes pratos especiais. A ASAE já nos visitou cinco vezes e até agora não deu em nada. A PSP e a Polícia Municipal também já vieram".

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